Arco da Histeria


Título da performance: “Arco da Histeria”

Autor: T. Angel
Concepção artística e direção geral:.T. Angel Coreografia:T. Angel

Performer: T. Angel  Figurino: T. Angel
Procedimentos:   Pedrinho, Thiago Almeida e Enzo Sato.

Ano: 2011

Duração: 60 minutos
Sinopse:   

Para não faltar amor…
Se em outros tempos grandes arcos foram erigidos para preservarem a memória dos grandes feitos e, intrinsecamente, dos grandes homens, o respectivo trabalho flerta com o seu avesso. Busca sim preservar uma memória, por sua vez, de feitos hediondos contra sujeitos comuns. Preservar para que não se esqueçam – nem por um segundo – do quão bruto o coração humano pode ser. 

Doentes, aberrações, pervertidos, sujos, pecadores…
Viados, putas, sapatões, bixas…
A desumanização nua, crua, fria e covarde.

Seres humanos, que foram executados aos milhares durante o nazismo. 
Continuaram a ser perseguidos e mortos no pós-guerra, não só na Europa como no Mundo todo. 
Diversos países ainda categorizam a homossexualidade como crime, digno de penas, inclusive capital. 
Todas as nações que ainda não possuem leis que amparem e assegurem gays, lésbicas e transexuais dos seus direitos como cidadãos, estão de forma bastante direta colaborando com a homofobia, esta sim, a real doença da contemporaneidade. O grande mal a ser extirpado. 

A homofobia desencadeia atentados contra a vida, não só daqueles que padecem, caem, são ceifados, mas de todos que participam, numa maior ou menor proximidade, dessas batalhas covardes e nefastas. Estamos falando de seres humanos e de ser humano.

Arco da Histeria é uma ode à estupidez humana, que durante grande parte da história vem negando e silenciando de forma brutal gays, lésbicas e transexuais. 

O artista faz de seu corpo o arco e de sua histeria o seu manifesto. 

Que todas as vítimas dos crimes de ódio não sejam esquecidas.
Que a paz reine sob todas as outras coisas.



Dedicado à vida e obra de Louise Bourgeois, em especial a obra Arch of Hysteria, ao qual me inspirei para a criação dessa performance. Igualmente dedico “Arco da Histeria” para todas as pessoas que perderam um amigo(a), filho(a), irmã(o), amor e/ou foram vítimas de homofobia. 
Suas dores e lágrimas são minhas.
 
Fotos: Gabriel Hostins















































































































Performance que integrou a Virada Cultural de São Paulo de Abril de 2011.